HERÓIS
E MITOS
O
conceito jurídico de Estado-Nação e as convicções, Pátria e Heroicidade, interligam-se.
Um homem extraordinário que qualificamos como Herói, normalmente, merece tal
distinção por actos praticados em combate. Esta tríade, - Estado-Nação, Pátria
Heróis – que causou a destruição de pessoas e bens, nos sécs. XIX e XX, vai ser
alvo da minha atenção.
Estado-Nação
e Pátria são dois conceitos base para se formarem Países. Cada um tem o seu
sistema de leis e o poder de fazer a Paz ou a Guerra. O Ensino – família
incluída – incute, desde tenra idade, a dicotomia “Nós”-“Outros”. A diferença é
criteriosamente burilada, acentuando as diferenças e escondendo as semelhanças.
Assim se instala a acrimónia nas cabeças desde a juventude. Bem mais antigo que
os conceitos anteriores é o arquétipo da Liberdade. Nem “Nós” nem os “Outros”,
gostamos de ser escravos. Rebelamo-nos!
Em
Abril de 1919, finda a 1ª Guerra, criou-se a Sociedade das Nações para que aí,
em PAZ, se discutissem os litígios entre os Estados. Em 20 anos, fascismo e
comunismo destruíram a Paz. O Mundo, nos anos 30 do sec. XX, viveu ameaçado por
duas formas de totalitarismo. Foi então que, em nome da Liberdade, vários
Estados-Nação se envolveram num conflito devastador. Derrotado o totalitarismo Alemão
– o totalitarismo comunista saíra incólume – a 24 de Out. 1945 em S. Francisco,
surge a ONU, e, com ela, nova promessa solene de que os conflitos armados
passariam a resolver-se no quadro legal vigente na ONU. O Conselho de Segurança
formado por: URSS, USA, Inglaterra, França e China, reflecte a vontade dos
vencedores. Hoje, 27 anos após a queda do totalitarismo comunista, vivem-se,
novamente, tempos difíceis. Acontece que muitos dos Chefes Políticos actuais,
Mr. Trump é um deles, sem nunca terem ouvido um tiro, chegam a insultar quem
foi feito prisioneiro em nome da Pátria. Assim se arrasa o conceito de Pátria e
elimina a vontade de combater. Uma mão invisível parece orientar estes líderes
que, numa penada, lançam sérias dúvidas na cabeça dos cidadãos. Pátria e
Estado-Nação, tão incensados quando quem manda precisa apelar ao esforço
colectivo, são ridicularizados de seguida quando os lideres apenas querem
ganhar dinheiro. Estas contradições podem-nos conduzir a novas formas de
escravatura.
No
momento da posse do novo Secretário-Geral da ONU, surgiram críticas à
Organização por ser demasiado cara para os resultados alcançados. Incrédulo, li
comentários de jornalistas, diga-se, com alguma simpatia por Trump, apoiando
esta monstruosidade. Cinco anos antes, havíamos visto as mesmas pessoas
apoiarem chefes políticos, cujos gastos financeiros colocaram os cidadãos na
dependência do FMI e de toda a parafernália financeira. Não se ralaram que, concidadãos
seus, ficassem escravos de uma dívida para a qual não haviam contribuído. Num
Mundo materialista em que vivemos não há vantagens na honestidade e nos
princípios, jornais e jornalistas propagam as mensagens que lhes encomendam. A
descrença instala-se na mente dos cidadãos pois sentem que o dinheiro está
primeiro que as suas próprias vidas e bem-estar.
Os cidadãos
de boa-fé – a maioria de nós – para quem a Paz representa muito, colocam esta
interrogação: O objectivo dos Seres Humanos não é viver num Mundo isento de
violência? É. Porém, não podemos ser ingénuos, temos de estar atentos face ao
enorme risco de num ápice nos transformarem em escravos. A ONU, uma organização
com pretensões a Governar o Mundo, pode ser um cavalo de Troia. Enferma dos
mesmos defeitos dos Países e Regiões, cujos líderes, em nome do Povo, endividam
ao FMI, Banco Mundial etc. A ONU, como os Estados, pode sucumbir, basta que
Suas Altezas, os donos do dinheiro, só o libertem quando a totalidade dos
caprichos dos poderosos sejam cumpridos. Os líderes dos Povos, – os cinco do
Conselho de Segurança e os outros – vendem-nos. Vejam os líderes Angolanos em
conúbio perfeito com os seus homólogos Portugueses prejudicando, em benefício
próprio, os Zés Ninguém dos dois Países.
A
democracia tem a sua base moral na verdade e na tolerância na liberdade e no
respeito pela dignidade humana. Temos o dever de lutar contra esta forma de
tirania. Paz sim, mas nunca com perda da Liberdade.
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