sábado, 29 de julho de 2017

TRUMP, MADURO E OUTROS


O Poder oprime e coarcta a Liberdade. Trump, Maduro e outros são os dirigentes que nos couberam em rifa neste sec. XXI, que não é mais nem menos conturbado que aqueles que o antecederam.

Organismos pertencentes à espécie Homo sapiens, há cerca de 70.000 anos, deram início à História. Ela é, por isso, o repositório das venturas e desventuras dos Seres Humanos, em todo esse lapso de tempo. Ao citar estes dados procuro confrontar o leitor com a relatividade do factor tempo. O Império Romano – minutos nos 70.000 anos, se o quisermos avaliar em termos de vida Humana – marcou-nos o futuro. Os Impérios Europeus, a partir do sec. XV, – outros tantos minutos – levaram ao resto do Planeta a concepção Europeia de Organização da Vida Colectiva. O Homo sapiens que hoje conhecemos tem uma natureza única e sagrada, que é fundamentalmente diferente da natureza de todos os outros seres e fenómenos. O bem supremo é o bem da humanidade.

As três religiões monoteístas (Judaísmo, Cristianismo e Islamismo) estiveram desde sempre envolvidas em forte conflitualidade. Os Europeus levaram para o Novo Mundo as suas normas aristocráticas e, ao mesmo tempo, muita gente à procura do sossego que a conflitualidade religiosa europeia não lhes garantia. A vida não pára, diz-se. Se os 2.0000 anos decorridos desde o Império Romano até aos nossos dias são minutos, os cerca de 250 anos de Independência dos EUA, seguindo-se as Independências das restantes ex-colónias do Novo Mundo, são segundos. Para nós, cidadãos cuja vida se fica pelos 70/80 anos, contentamo-nos em perscrutar estes dois secs. e meio a que, pomposamente, chamamos História.

A influência Cristã na Europa Aristocrática, em contubérnio com o Poder Temporal, não pode ser menosprezada. A dualidade entre o Bem e o Mal está sempre presente. A diferença entre quem serve a Humanidade e quem serve um déspota fica patente em dois exemplos bem Portugueses. O Padre António Vieira serviu a Humanidade! O facínora obscurantista, Teles Jordão, pelo contrário, torturou em nome de D. Miguel I, o “temente a Deus”. As convulsões sociais – Revolução Francesa e a 1ª guerra Mundial – ditaram o fim da aristocracia, repercutindo na Igreja a convivência próxima com o Poder.

Impregnando o pensamento colectivo, a prática de quem manda, desde os tempos de súbditos de S. Majestade, ao de cidadãos ditos livres, o medo impôs a sua “lei”. Não quero imaginar-me em 1943, numa cidade Holandesa, acordado, altas horas, pela voz chorosa de uma criança judia a pedir protecção. Pais e avós tinham sido levados “pelos homens maus”, mas ela conseguira escapar. Não sei qual seria a minha reacção, penso que o leitor me acompanha. Uma coisa vos garanto, o choro daquela criança acompanhar-me-ia o resto da vida.

Condenaram-se, bem, os totalitarismos nazis e comunistas. Mas se queremos caminhar em Liberdade rumo ao Bem da Humanidade, não podemos calar as formas de amedrontamento com que Trump, Maduro e outros procuram levar a água ao seu moinho. O Bem da Humanidade, para eles, é fazer negócios, atropelando as leis e levando na voragem quem lhas recorda.

Maduro, herdeiro do Chavismo, um sistema populista que cavalgou os erros e a corrupção de Adecos e Copeianos, ganhou ele próprio eleições em 2013. Nos EUA temos quezílias com o Poder Judicial e com altos funcionários. Em Venezuela a semelhança com o totalitarismo é bem mais evidente. As milícias, elemento importante para impor o terror, suportam o tirano e prestam-lhe todas as honrarias. É com farinha deste saco que surgem os guardas de Treblinka e que tiranos, Estaline é um caso, são dados como exemplo quando deixam o poder. Setenta anos de comunismo deram aquele resultado, mas trinta, prova-o a "Madeira Nova", obnubilam muita cabeça. Os prosélitos de Estaline achavam que o ditador lhes garantiu a vitória na 2ª Guerra, por cá acreditam que derrotaram a "Madeira Velha". Num caso e noutro estão sem futuro.   

Falei do comportamento de dirigentes que queremos respeitadores da Lei, mas que tentam subvertê-las. Hoje o contubérnio não é entre o sangue azul e o Cristianismo. Ele existe entre as elites financeiras (Maduro cairia se a Goldman Sachs não lhe comprasse dívida) e os políticos. Os ditos “mercados financeiros” – não são religião, pois os dogmas que nos querem impor nada têm de sagrado – usam linguagem hermética para a qual temos de estar atentos. Maduro e a Venezuela provam-no à exaustão. Maduro cairá, mas os Venezuelanos vão sofrer para pagarem a dívida contraída.        .

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