TRUMP, MADURO E
OUTROS
O Poder oprime e
coarcta a Liberdade. Trump, Maduro e outros são os dirigentes que nos couberam
em rifa neste sec. XXI, que não é mais nem menos conturbado que aqueles que o
antecederam.
Organismos
pertencentes à espécie Homo sapiens, há
cerca de 70.000 anos, deram início à História. Ela é, por isso, o repositório
das venturas e desventuras dos Seres Humanos, em todo esse lapso de tempo. Ao
citar estes dados procuro confrontar o leitor com a relatividade do factor
tempo. O Império Romano – minutos nos 70.000 anos, se o quisermos avaliar em termos
de vida Humana – marcou-nos o futuro. Os Impérios Europeus, a partir do sec.
XV, – outros tantos minutos – levaram ao resto do Planeta a concepção Europeia
de Organização da Vida Colectiva. O Homo
sapiens que hoje conhecemos tem uma natureza única e sagrada, que é
fundamentalmente diferente da natureza de todos os outros seres e fenómenos. O
bem supremo é o bem da humanidade.
As três religiões
monoteístas (Judaísmo, Cristianismo e Islamismo) estiveram desde sempre
envolvidas em forte conflitualidade. Os Europeus levaram para o Novo Mundo as
suas normas aristocráticas e, ao mesmo tempo, muita gente à procura do sossego
que a conflitualidade religiosa europeia não lhes garantia. A vida não pára,
diz-se. Se os 2.0000 anos decorridos desde o Império Romano até aos nossos dias
são minutos, os cerca de 250 anos de Independência dos EUA, seguindo-se as
Independências das restantes ex-colónias do Novo Mundo, são segundos. Para nós,
cidadãos cuja vida se fica pelos 70/80 anos, contentamo-nos em perscrutar estes
dois secs. e meio a que, pomposamente, chamamos História.
A influência
Cristã na Europa Aristocrática, em contubérnio com o Poder Temporal, não pode
ser menosprezada. A dualidade entre o Bem e o Mal está sempre presente. A
diferença entre quem serve a Humanidade e quem serve um déspota fica patente em
dois exemplos bem Portugueses. O Padre António Vieira serviu a Humanidade! O facínora
obscurantista, Teles Jordão, pelo contrário, torturou em nome de D. Miguel I, o
“temente a Deus”. As convulsões sociais – Revolução Francesa e a 1ª guerra
Mundial – ditaram o fim da aristocracia, repercutindo na Igreja a convivência
próxima com o Poder.
Impregnando o
pensamento colectivo, a prática de quem manda, desde os tempos de súbditos de
S. Majestade, ao de cidadãos ditos livres, o medo impôs a sua “lei”. Não quero imaginar-me
em 1943, numa cidade Holandesa, acordado, altas horas, pela voz chorosa de uma criança
judia a pedir protecção. Pais e avós tinham sido levados “pelos homens maus”,
mas ela conseguira escapar. Não sei qual seria a minha reacção, penso que o
leitor me acompanha. Uma coisa vos garanto, o choro daquela criança
acompanhar-me-ia o resto da vida.
Condenaram-se,
bem, os totalitarismos nazis e comunistas. Mas se queremos caminhar em
Liberdade rumo ao Bem da Humanidade, não podemos calar as formas de
amedrontamento com que Trump, Maduro e outros procuram levar a água ao seu
moinho. O Bem da Humanidade, para eles, é fazer negócios, atropelando as leis e
levando na voragem quem lhas recorda.
Maduro, herdeiro
do Chavismo, um sistema populista que cavalgou os erros e a corrupção de Adecos
e Copeianos, ganhou ele próprio eleições em 2013. Nos EUA temos quezílias com o
Poder Judicial e com altos funcionários. Em Venezuela a semelhança com o
totalitarismo é bem mais evidente. As milícias, elemento importante para impor
o terror, suportam o tirano e prestam-lhe todas as honrarias. É com farinha
deste saco que surgem os guardas de Treblinka e que tiranos, Estaline é um caso,
são dados como exemplo quando deixam o poder. Setenta anos de comunismo deram
aquele resultado, mas trinta, prova-o a "Madeira Nova", obnubilam muita cabeça. Os
prosélitos de Estaline achavam que o ditador lhes garantiu a vitória na 2ª
Guerra, por cá acreditam que derrotaram a "Madeira Velha". Num caso e noutro
estão sem futuro.
Falei do comportamento de dirigentes que queremos respeitadores da Lei, mas que tentam subvertê-las. Hoje o contubérnio não é entre o sangue azul e o Cristianismo. Ele existe entre as elites financeiras (Maduro cairia se a Goldman Sachs não lhe comprasse dívida) e os políticos. Os ditos “mercados financeiros” – não são religião, pois os dogmas que nos querem impor nada têm de sagrado – usam linguagem hermética para a qual temos de estar atentos. Maduro e a Venezuela provam-no à exaustão. Maduro cairá, mas os Venezuelanos vão sofrer para pagarem a dívida contraída. .
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