terça-feira, 7 de junho de 2016

                                         VERDADES E MENTIRAS

     Ontem, por acaso, assisti ao programa da RTP/M Prolongamento. Foram ali ditas grandes verdades. Não faltaram também algumas mentiras.
   A primeira grande verdade foi a de que a fase dos saudosos e avultados subsídios para os três clubes fazia parte de um projecto político. Morto e enterrado o "Império do insulto" - lembram-se do elegante termo "CUBANOS" - temos novas realidades. Assinada a insolvência, era inevitável que faltasse o dinheiro.
    Noutra verdade insofismável lá produzida, reconheceu-se que o Estado Português não parece ser Pessoa de Bem. No decurso do programa, certas perguntas e respostas sobre remunerações dos dirigentes, trabalho pro bono e negócios envolvendo o futebol, confirmam a afirmação, pois a justiça ignorará tudo aquilo que lá foi insinuado. São tiques de um poder político que treme perante o futebol amedrontado com a perda de votos.
    A terceira verdade foi a constatação de que os três clubes estavam de acordo em voltar ao tempo do dinheiro abundante. Acham isso da mais elementar justiça. 
    A grande mentira foi, tentar separar os pagamentos aos clubes da despesa pública suportada pelos impostos. Nós pagamos impostos e o Estado, por critérios que podemos criticar, distribui por vários lados. Uma fatia maior leva à diminuição doutra. Esta e outras mentiras mais pequenas, procuraram legitimar a enorme despesa com o futebol.
   Dois dogmas, habilmente introduzidos, levam-nos a aceitar que o Governo deve abrir os cordões à bolsa. Falo do estudo que dizem garantir que os clubes pagam mais impostos do que recebem em ajudas e do retorno económico, por via indirecta, dos investimentos no futebol. Nunca ninguém viu tais estudos! Onde podemos consultar e discutir essas enormidades?
     Habituem-se a viver com pouco, como muitos dos nossos conterrâneos que dormem pelas ruas. A grande verdade é: NÃO HÁ DINHEIRO! 
      

  
    
  

               
            

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