segunda-feira, 20 de março de 2017

PAULO PEREIRA, O UNIFICADOR


Em tempo de grande dramatização da opinião pública, alguém sob este pseudónimo, agitou as águas. O nosso homem revelando-se exímio no uso das técnicas da propaganda, uniu os Madeirenses contra o “inimigo externo”.

Não somos o único Povo que apresenta esta patologia. Oitenta anos de vivência sob regimes totalitários deixam sequelas nos Povos. O fim do “Homo Sovieticus”, assemelha-se ao fim do “Homo Madeirensis”. Os sentimentos das pessoas que, obnubiladas pelo Totalitarismo Estalinista, tiveram de adaptar-se a nova realidade, não diferem daquilo que aconteceu com o “Homo Madeirensis”, em 2012, com a assinatura do PAEF. Explicar a um Ucraniano que a catástrofe nuclear em Chernobyl não era culpa do Ocidente, não lhes entrava na cabeça. Como era isso possível, se o Poder e a respectiva propaganda, mandavam combater os “inimigos ocidentais”, de arma na mão, e sem protecção contra as radiações? Enorme é a força da propaganda e dos mitos na cabeça das pessoas! Paulo Pereira, provocou os mitos do “Povo Superior”.     

Vejamos as “mentiras” do ingrato e desconhecido Conimbricense que deveriam ter feito pensar os “apaixonados da desgraça”. A questão do clima é coisa sobre a qual cada um terá sua opinião. O mesmo não se pode dizer daquilo que é mensurável.

Temos, ou não, os combustíveis mais caros do País? Temos um só Centro de Inspecção Auto. Porém, ele andou envolvido num processo onde a Lei e a Ética foram maltratadas. Isto é bonito? O Paulo não disse, mas eu digo, que tal aquele aval aos Irmãos Castro, para preparar o Porto Santo para o séc. XXI? É um orgulho! Os bens de primeira necessidade são, incontestavelmente, mais caros por cá. Terá o “Cubano Ingrato” culpa de o LIDL não ter chegado à Madeira? Sendo este um “interesse específico” da RAM, alguém o salvaguardou? Falar de pobreza gerou forte reacção. Os Ucranianos aceitavam que a tragédia que lhes batera à porta era culpa dos ocidentais. Aqui chegados a Magui, – digna representante do “Homo Madeirensis”, com seus mitos e opinião nas cartas do leitor do DN, dia 13p.p. – garante que os madeirenses são ricos por terem paisagem e turismo. Será verdade, Magui? Já não destruíram a paisagem e vão continuar a destruir, construindo mais hotéis? Quando saírem, 50 autocarros com turistas, do Novo Savoy não vão ser precisos parques de estacionamento, no Ribº. Frio e Rabaçal? Onde ficará a paisagem? Vá lá Magui, esquece os mitos e pensa nos teus verdadeiros interesses.

Pode sempre entreter-se a opinião pública com retóricas jurídico-económicas envolvendo, Estatuto da RAM, Revisão Constitucional, Lei das Finanças Regionais etc. Durante 34 anos, a retórica foi habilmente sustentada com recurso a “bancos amigos” e à dívida agora em litigância no Tribunal. A “valentia retórica” da propaganda sucumbiu. Os adolescentes que partiram os vidros da escola, têm de o confessar e, juntamente com aqueles que viram e calaram a desgraça, trazerem solução.

   

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