“LENDO” UMA NOTÍCIA
Acreditando no DN, bem como no Sr. Emanuel Rosa,
vou decifrar o texto publicado na edição de 2 de Março.
O tema abordado – uma dívida de 8,3 milhões de
euros reclamada pela AFAVIAS ao CSM – já fora noticiado na véspera. O DN dá-nos
a versão do Marítimo pela boca do seu Pres. Sr. Carlos Pereira. Temos, depois,
dois destaques. Num deles, fonte não identificada da AFAVIAS, dá-nos a sua
visão dos factos, e no outro, nova “fonte”, transmite a posição do actual GR
perante o problema.
Não sou juiz, mas ouso “sentenciar”: Fica, cada um
dos 250.000 madeirenses, constituído na obrigação de pagar mais €33 de
impostos. Assim honraremos o compromisso assumido por Homens Públicos eleitos
por nós. 200 mil madeirenses acharão que pagam impostos para terem: Segurança
de Pessoas e Bens; Escolas; Hospitais etc. Nos restantes 50.000 haverá uns
20.000 “religiosos” para quem a Bola merece tanto como o cumprimento daquelas
Funções do Estado. Vai sendo necessário os eleitos perceberem isto, dado que
passou o tempo em que foi possível manter esta “religiosidade”. Os restantes
30.000, não ligam a nada.
Cito o Sr. Carlos Pereira: “nada foi alterado no
projecto da obra do complexo de Stº. António, […] pelo que estamos
perfeitamente à vontade para discutir a acção. O meu amigo Avelino […] sabe que
tudo foi tratado […] para que possa ser discutido […] com […] o Gov. Reg., que autorizou a alteração
ao projecto para a construção do colégio do Marítimo, […].” Por isso: “nunca
vai abdicar […], de chamar o Governo a esta acção, porque é a ele que compete
esta responsabilidade”. “Penso que tudo será resolvido em comum acordo”.
Falando, Carlos Pereira, também para sócios e
adeptos, não faltou o apelo ao “inimigo” na pessoa do advogado Filipe Silva. Assim
alimenta os egos maritimistas naqueles casos extremos em que “Ser Marítimo” ocupa
a totalidade dos neurónios. Leia: “Como presidente [Filipe Silva] remunerado de
uma SAD, que mantém rivalidade com o Marítimo, este ilustre advogado eticamente
estava impedido de o fazer.” “Trata-se de uma vingança pois não é verdade que o
Tribunal da Relação de Lisboa tenha anulado o pedido de arresto da AFA.” Abaixo
o CFU, já!
Aqueles dois sócios do CSM a 2/7/2003 contrataram obras
no valor de 4,8 milhões de euros. Até aqui tudo se fez no respeito das regras
do direito e da economia. O caldo entornou-se quando, em 2005, entra em cena um
terceiro sócio do CSM na altura Pres. do GR. Aí surgiram as obras “já agora” –
“já agora”, que estamos a mexer, vai mais um colégio – que não cabendo no
contrato-programa, ficou na nuvem.
Nesta barafunda – política, não jurídica nem
económica – não admira nada que os tribunais se sintam incompetentes, como
afirma Carlos Pereira. Nos EUA, Trump governa pelo Twitter, por cá, mandavam-se
bocas em inaugurações. Ter maiorias absolutas acarreta que o “inimigo” una,
internamente, as paixões do CSM, CDN e CFU. Assim sendo, há um facto que convinha
ser explicado. Entre 2005 e 1 de Fev. de 2012, o Pres. do GR, em exercício ao
tempo, poderia ter satisfeito as expectativas criadas recorrendo a um
contrato-programa que o BANIF financiaria, ainda que, mais tarde, acabasse em
imparidade. Qual teria sido a razão para não o fazer?
Será que hoje, quando temos um empréstimo de 1.500
milhões para pagar, o GR em exercício, para controlar as paixões, vai assumir ainda
mais estes 8,3 milhões de dívida? A minha “sentença”, vai nesse sentido.
Sinceramente, espero enganar-me! A razão é simples,
já andam demasiados nossos conterrâneos a “poupar” na renda da casa – vemo-los
a dormir pelo chão nos espaços públicos – e no supermercado – basta estar
atento aos peditórios de bens alimentares. Mais disto? Não, Obrigado.
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