O
ALEMÃO EMBUSTEIRO
Transcrevo,
do JM, edição de 13 de Fev. 2012 - Coluna do Cidadão – o texto abaixo:
“Indignação pelas declarações da
Chanceler Merkel
Como cidadão alemão, vivendo na Madeira
há 43 anos (hoje, mais português do que alemão), não posso deixar de expressar
a minha indignação e repugnância pelas declarações proferidas pela Chanceler
Ângela Merkel acerca da majestosa obra que foi feita nesta ilha maravilhosa.
São declarações absurdas, abusivas e sem
sentido, feitas levianamente, pois não conhece, nem nada sabe o que era esta
ilha quando aqui vim pela primeira vez e naquilo em que ela se tornou, graças a
um homem que teve a coragem de, contra tudo e contra todos, transformar a vida
dos madeirenses os quais defende intransigentemente e que pela Madeira é capaz
de dar a sua vida.
Merkel e Sarkozy pretendem dominar e
fazer prevalecer a sua supremacia sobe os restantes países europeus, pelo que
fico estupefacto como é possível que os restantes 25 países admitam ser
comandados e manipulados com as suas ideias e as opções do referido duo, que
tanto têm prejudicado o caminho europeu.
Hoje, já há muito descontentamento no
meu país com as políticas merkelianas e esperam, e desejam, a sua derrota nas
próximas eleições que terão lugar a curto prazo.
Para terminar, convido a Sr.ª Merkel a
visitar a Madeira e ver in loco a obra grandiosa que aqui se fez. Klauss
Friedrich”
O
JM, nascido como jornal da Igreja a meio do séc. XX, trazendo, no Séc. XXI,
diariamente no seu cabeçalho: JM SÓ DEFENDE O POVO MADEIRENSE implica que não
possamos ler, como inócuo, o seu conteúdo.
O
nosso “meio-alemão-meio-madeirense” revelou-se-nos desastrado em previsões. Ele
foi catastrofista em relação à Srª Merkel. Esperava a derrota dela em breve. Merkel,
contra as suas expectativas, ganhou as eleições e não só conseguiu isso, como,
cinco anos depois, já neste tresloucado “Mundo Trumpiano”, recebeu de Obama a
esperança de que ela venha a ser capaz de defender os valores Ocidentais. Um falhanço
total as afirmações da criatura, relativas à Chanceler da sua Alemanha natal.
Tratada
a vertente Alemã, vamos à Madeirense. Dia 1 de Fevereiro de 2012 o Governo,
presidido pelo Sr. Dr. Alberto João, contraiu uma dívida de 1.500 milhões de
euros. A 13, o “meio-alemão-meio-madeirense” brindou-nos com a sua carta-reflexão.
Quanto aos elogios à gestão do Governo Regional que estava em funções, mostrei
publicamente a minha discordância, logo em 2012. Entre Março e Setembro, pedi
encarecidamente que nos fosse revelada a identidade daquela pessoa que trazia a
Madeira no Coração e, convictamente, convidara Merkel a visitar-nos.
Desfeita,
já há algum tempo, a sociedade por quotas que durante anos geriu, sem pudor, os
créditos informativos do ex-jornal Católico, e o novo JM – a Fénix saída das
cinzas que, há dias, nos levou mais 300 mil dos impostos – se prepara para
mudar de dono, nós ainda não conhecemos o Klauss Friedrich. Já passaram cinco
anos, quem diria! Ele deve viver angustiado perante o seu rotundo falhanço, quanto à previsão do futuro da Chanceler. E, infelizmente, para ele e para os
Madeirenses, a realidade que, insensatamente, não previra no caso da gestão do
Dr. Alberto João não foi melhor. A angústia deste Sr. é, forçosamente, grande!
O
elogiado – Dr. Alberto João – e o elogiador – Klauss Friedrich – merecem uma
atenção conjunta. Este “meio-alemão-meio-madeirense” sai de cena, sem que o
conheçamos. Alguém irresponsável, incapaz de assumir os seus actos – Alberto
João – e um ser desconhecido – Klauss Friedrich – parecem viver em “comunhão de
adquiridos”, desde 2012. É estranho não acham?
Ai
propaganda, propaganda… os teus pezinhos de barro!
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