PAREMOS
PARA PENSAR
A
última noite foi um pesadelo. Não gosto quando o tempo de antena de vários
canais é ocupado com eloquentes explicações sobre os meandros do grande
desígnio nacional – o futebol – onde campeia a pusilanimidade de quem manda,
associada ao dinheiro descontrolado que suporta o mito aplaudido, quase em
uníssono, pelos cidadãos. Nesta noite seria um bálsamo ter havido apenas
futebol nos vários canais. Era sinal de que a tragédia não ocorrera!
O
cenário de destruição, desde vidas humanas a património, é chocante. Estamos
constituídos no dever de respeitar os mortos. Não nos cabe distinguir entre
mortos civis e não civis. Todos eles, são Mortos Portugueses! Uns, os civis,
não preparados e sem meios adequados para o combate, procuraram segurança.
Estavam no sítio errado na hora errada e o fogo roubou-lhes a vida. Homens e
Mulheres com preparação específica para lidar com o perigo e a violência, com
os bombeiros à frente de todos, estiveram envolvidos nos fogos. Porém, a
dimensão da ocorrência levou à intervenção de outras Forças em que o Estado
delega a segurança dos cidadãos. A GNR esteve presente nas funções que lhe
estavam cometidas, o próprio Exército foi chamado a intervir. Respeitemos e
honremos a memória daqueles que partiram, sejam Portugueses fardados ou não, a
vida é, para todos eles, uma só!
Escolhi para título: Paremos
para pensar. Acho que isso é dever de todos nós, nestes tempos conturbados em
que os tribunais abarrotam em casos pouco ou nada dignificantes para as nossas
elites. As interligações entre o poder político e o poder financeiro não nos
sossegam. Vivem-se tempos estranhos onde nos inculcam a ideia de que havendo
milhões de euros tudo se resolve. Assim geram-se negócios, interessantes para
alguns, em sectores impensáveis, ainda que prejudiciais à maioria.
Leiam
a opinião de quem sabe:
“CORONEL DIZ QUE O FOGO É UM “NEGÓCIO” E QUE O
GOVERNO RECUSOU AJUDA DA FORÇA AÉREA
É escandaloso
o que os nossos governantes fazem para nos roubar, Lê e partilha o máximo
possível antes que seja apagado! Mais de UM MILHÃO E CEM MIL Portugueses já
tiveram acesso a esta publicação tendo a mesma originado, o que se saúda, um
forte interesse dos Órgãos de Comunicação Social
O que permitiu à AOFA, adicionalmente,
esclarecer certamente muitas mais
centenas de milhares de Portugueses, via
Televisões, Rádios e Jornais nas
múltiplas entrevistas já dadas.
FOGOS / FORÇA
AÉREA
Parece impossível… No final do século passado, enquanto o combate aos incêndios
florestais foi uma “Missão”, a Força Aérea Portuguesa operava os meios aéreos
em Portugal, mas quando esse combate passou a ser um “Negócio” arrumaram-se os
C-130, os kit MAFFS para os equiparem ficaram a apodrecer, os bombeiros
exaustos, os meios de substituição não aparecem e….o flagelo continua.
Quais as vantagens? A centralização dos meios aéreos na Força Aérea com custos reduzidos para o erário público, bem como a poupança em termos de manutenção (dado o background existente) e uma logística dos meios incomensuravelmente mais rápida e operacional.
Quais as vantagens? A centralização dos meios aéreos na Força Aérea com custos reduzidos para o erário público, bem como a poupança em termos de manutenção (dado o background existente) e uma logística dos meios incomensuravelmente mais rápida e operacional.
Parece que,
conforme noticiado em 09jun2016, o MAI recusou entregar à Força Aérea, a gestão
e operação dos meios aéreos de combate a incêndios, bem como os de emergência
médica, optando por manter o actual estado de coisas, com várias entidades,
várias frotas, cada uma no seu “interesse” e custos acumulados para todos,
incluindo contratação dentro e fora do país.
Espanha, EUA, Grécia, Croácia, Marrocos, são exemplos de países onde os meios aéreos de combate a incêndios são operados pela Força Aérea local. Parece impossível…
Espanha, EUA, Grécia, Croácia, Marrocos, são exemplos de países onde os meios aéreos de combate a incêndios são operados pela Força Aérea local. Parece impossível…
Coronel João
Marquito (Vogal do Conselho Nacional da AOFA)”
Somos seres emotivos, propensos a
facilmente nos deixarmos envolver em retórica que, secundarizando o essencial,
nos “alimenta” no acessório. Emocionados, mas atentos às habilidades da
propaganda, aguardemos que um Macron nos liberte da “partidocracia” instalada.
Sejamos exigentes para que não nos saia um populista contumaz em vez de um
Homem Público.
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