domingo, 4 de setembro de 2016

                                                                 OS PONTOS NOS “IS”

A Liberdade de expressão, podemo-la classificar como a primeira das Liberdades Cívicas, e é inerente ao quotidiano dos Países Ocidentais. Nós, Portugueses, só tivemos este “luxo” no pós-25 de Abril. Até aí, o lápis azul da censura, jornais – o Diário da Manhã é exemplo – porta-vozes do poder e alguns “jornalistas amigos” permitiam ao regime pintar de rosa a negra realidade.

Cidadãos e agentes judiciais careceram de tempo para se adaptarem às novas regras. Portugal foi condenado, pela primeira vez, no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, em 2000 e, infelizmente, persiste nessas condenações. Juízes e Figuras Públicas - no domínio da política em particular – pelos vistos, mantêm dificuldades em saber onde se discutem ideias ou se insultam pessoas pelas suas opiniões, por mais estapafúrdias que elas sejam.
As coisas entre nós, madeirenses, foram bem piores. Os Tribunais enferma(ra)m dos erros descritos, e o Poder Eleito criou o seu controlo apertado sobre a comunicação social. Surgiu, o Jornal da Madeira, versão insular do Diário da Manhã. Jornalistas que não “negociassem” eram queimados vivos – é hora de recordar Lilia e Tolentino, entre outros – a lembrar o 19 de Outubro de 1739, com António José da Silva. O Diário da Manhã permitia que os outros - Dário Popular, Diário de Notícias e Diário de Lisboa – vivessem. O JM empurrava o DN para a falência. Oferecia, não vendia a edição de cada dia. Amedrontaram-se as pessoas. Refugiando-se na imunidade do cargo para fugir ao banco dos réus, insultava, e recorria-se à punição em Tribunal, quando algum adjectivo lhe beliscava a jactância.

Tudo mudou. As empresas de comunicação social são hoje confrontadas com a necessidade de se adaptarem às novas tecnologias, não esquecendo a necessária rentabilidade. Os jornalistas, seres humanos dotados dos mesmos defeitos e qualidades de todos nós, exercem a profissão neste Mundo bem conturbado. Jornais e jornalistas nadam, em tempo de levadia, pensando na estratégia para saírem da aflição. Flutuam à espera que abrande!

A nova realidade das redes sociais dá oportunidade a uns quantos “bilhardeiros”, como eu, que não se ensaiam nada para dizer que o rei vai nu, ridicularizando-o, ao retirar-lhe a fatiota com que se engalanara. Qual Diário da Manhã, qual JM. Esqueçam-nos! Os tempos não estão de feição para gente sem rosto que não quer – não pode? – dar a cara e apenas foge...Não me macem, deixem-me em Paz! Há 20 anos que me insultam, limitem-se a ler e engolir as verdades que escrevo. É a única coisa que vos resta.     

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