OS PONTOS NOS “IS”
A Liberdade de expressão, podemo-la
classificar como a primeira das Liberdades Cívicas, e é inerente ao quotidiano
dos Países Ocidentais. Nós, Portugueses, só tivemos este “luxo” no pós-25 de
Abril. Até aí, o lápis azul da censura, jornais – o Diário da Manhã é exemplo –
porta-vozes do poder e alguns “jornalistas amigos” permitiam ao regime pintar
de rosa a negra realidade.
Cidadãos e agentes judiciais careceram de
tempo para se adaptarem às novas regras. Portugal foi condenado, pela primeira
vez, no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, em 2000 e, infelizmente,
persiste nessas condenações. Juízes e Figuras Públicas - no domínio da política
em particular – pelos vistos, mantêm dificuldades em saber onde se discutem
ideias ou se insultam pessoas pelas suas opiniões, por mais estapafúrdias que
elas sejam.
As coisas entre nós, madeirenses, foram bem
piores. Os Tribunais enferma(ra)m dos erros descritos, e o Poder Eleito criou o
seu controlo apertado sobre a comunicação social. Surgiu, o Jornal da Madeira,
versão insular do Diário da Manhã. Jornalistas que não “negociassem” eram
queimados vivos – é hora de recordar Lilia e Tolentino, entre outros – a
lembrar o 19 de Outubro de 1739, com António José da Silva. O Diário da Manhã
permitia que os outros - Dário Popular, Diário de Notícias e Diário de Lisboa –
vivessem. O JM empurrava o DN para a falência. Oferecia, não vendia a edição de
cada dia. Amedrontaram-se as pessoas. Refugiando-se na imunidade do cargo para
fugir ao banco dos réus, insultava, e recorria-se à punição em Tribunal, quando
algum adjectivo lhe beliscava a jactância.
Tudo mudou. As empresas de comunicação social
são hoje confrontadas com a necessidade de se adaptarem às novas tecnologias,
não esquecendo a necessária rentabilidade. Os jornalistas, seres humanos
dotados dos mesmos defeitos e qualidades de todos nós, exercem a profissão
neste Mundo bem conturbado. Jornais e jornalistas nadam, em tempo de levadia,
pensando na estratégia para saírem da aflição. Flutuam à espera que abrande!
A nova realidade das redes sociais dá
oportunidade a uns quantos “bilhardeiros”, como eu, que não se ensaiam nada
para dizer que o rei vai nu, ridicularizando-o, ao retirar-lhe a fatiota com
que se engalanara. Qual Diário da Manhã, qual JM. Esqueçam-nos! Os tempos não
estão de feição para gente sem rosto que não quer – não pode? – dar a cara e
apenas foge...Não me macem, deixem-me em Paz! Há 20 anos que me insultam, limitem-se
a ler e engolir as verdades que escrevo. É a única coisa que vos resta.
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