domingo, 31 de julho de 2016

EMBUÇADO



É nome de um Fado, cuja letra nos fala de um Rei – Aristocrata – que, querendo penetrar na Alma do Povo, disfarçado, frequentava as tascas para ouvir fado e assim, incógnito, conhecer bem os súbditos.

Em nove sécs de vida, oito vivemo-los em Monarquia. Nesta Europa da Cristandade, Sogros e Sogras, Tios e Tias, Primos e Primas punham e dispunham dos súbditos, impondo-lhes a sua autoridade. Ai o temor que se apossava dos Aristocratas, depois infundido ao Povo, quando não havia sucessor. Tivemos uma situação dessas com o D. Sebastião, o Desejado. 

Corajoso, e num impulso da juventude, pegou em armas e foi Ele próprio defender a Cristandade, em África. Não ligou às opiniões de quem lhe desaconselhava a aventura marroquina. Deixou atrás de si um rasto de desolação. Reza a lenda que voltará em manhã de nevoeiro, talvez para pedir desculpa pela insensatez da juventude.

Apeada a monarquia em 1910, os súbditos ganharam estatuto de cidadãos. Porém, em 1978, numa pequena parcela do Território Nacional, um dos dez milhões de Portugueses, cidadão como os outros, achou que podia ser rei. Começou por criar um séquito. Fê-lo distribuindo generosas prebendas a outros que ficaram seus súbditos. Alcácer Quibir foi o local da desgraça para a Pátria e para o próprio D. Sebastião. Este compatriota especialista em “defesa acústica”, construiu o seu Alcácer Quibir, na RAM.


Vai, sem disfarce, às tascas. Ele, emanação do Povo, conhece-o. Acompanhado pelos servidores, vão eles próprios dar música, explorando a ignorância dos madeirenses que, votando, lhes garantem o poder. O Fim antevia-se trágico, como em Marrocos.

Avisaram-no. Fui um deles. HHHHá 20 anos que, frontalmente, sugeri que mudasse para que, quem nele confiou, votando, não fosse traído. Fui insultado, pelo próprio mais a sua camarilha de anónimos. A tragédia consumou-se. Deixando para trás fome e miséria e mais uns anos de sofrimento que estão na calha para que “cresça o PIB e o desemprego desapareça”.

Qualquer adulto responsável assume os seus erros. Desacobarda-te, faz-te adulto, dá a cara e pede desculpa. Não te escondas por detrás de prosas demagógicas e anónimas. Os ignorantes de há 40 anos já não engolem isto:

Os “quadrados” que assim pensam, vivem na obsessão do equilíbrio das contas públicas, colocando-as no patamar do indiscutível, de algo mais importante do que tudo, como se dar emprego a quem o procura, pão aos que passam fome…. não fossem também alicerces de uma sociedade justa e equilibrada.
Compreende-se que um “manga de alpaca” qualquer, chegue o não, ao lugar de secretário coloque as preocupações debaixo do tapete. A culpa de ter ascendido a tal posto não lhe deve ser atribuída, mas sim aos responsáveis pela escolha.
…O PIB baixa, o desemprego e a pobreza aumentam. Há muita gente… em estado de desespero. Equilibrem as contas,…, mas lembrem-se que é preciso pensar para além do equilíbrio financeiro e do superavit.
Tenham sempre presente, que um dia aqueles que não têm emprego nem perspectivas de vir a tê-lo pode reagir e então não haverá política que resista.
Deixem a política para os políticos.”  

Já pediste desculpa por eu ter sido secretário, pede-a pelos outros erros pois como o “acobardado” afirma “….um dia aqueles que não têm emprego nem perspectivas de vir a tê-lo podem reagir e então não haverá política que resista”. Dando crédito ao acobardado, o político és tu…ou ele. Acertem lá isso entre vós.     


quarta-feira, 27 de julho de 2016

O ENIGMA

Hoje, André evangelista desafia os hermeneutas a decifrarem a mensagem encriptada neste texto:

quarta-feira, 27 de julho de 2016
O primeiro debate em mais de 40 anos sobre o estado da região revelou-se fundamental para a Madeira.

Um debate ''quente'' que rivaliza com as temperaturas do dia:

- O governo não sabe se vai optar por alterar a lei eleitoral (promessa eleitoral lograda) ;
- O avião cargueiro anda a planar algures...talvez ainda não encontrou a rota da Madeira...ou quiçá os ventos cruzados do ''feroz'' debate da região não permitiram a aterragem (nova promessa eleitoral ''a planar'') ;
- O ferry anda a percorrer milhas e milhas... sem que ainda tenha encontrado porto de abrigo, ou talvez pelo facto de os armadores aceitarem a exploração da linha mediante compensação da parte do governo (nova promessa eleitoral que a largas milhas distancia-se).

Ouviu-se algo do género ''a Madeira recuperou credibilidade''... Parece anedota, com deputados a passearem desnudos pela Assembleia Regional, que exibem bandeiras que descaracterizam o ambiente solene de certas ocasiões, que não respeitam os tempos de intervenção... Resta-nos procurar no dicionário a palavra credibilidade e rever o seu significado.

Investimento na região que possa credibilizar o governo:

- Obras da lei de meios (foco de emprego pontual associado a obras consignadas pelo anterior governo);

Até a Câmara Municipal presidida pelo sr. Cafofo demonstra mais intentos no modo como procura atenuar os efeitos do parco cenário de investimento que caracteriza a região nos dias de hoje.

Temos um governo situacionista, de debate e tertúlia, como nunca se viu em mais de 40 anos.
Parece corolário o seguinte: ''Estes nunca sairam da campanha para a campanha e a titularidade que lhes encaixa perfeitamente é a Municipal - é preciso mais para ''outras andanças''


Chegados ao fim várias dúvidas pairam nos nossos espíritos.
                Descarrega-se sobre o Governo em funções toda a artilharia denunciando-lhe os erros. Nada que não esteja ao alcance de todos nós formular juízos de valor sobre a governação. Eu, próprio, a partir de 1996, o fiz publicamente e daí ao enxovalho público foi um ápice. Lembro-me de que deixava soluções para corrigir aquilo que, em minha opinião, eram os erros que nos trariam a este fundo de poço.
                Porém, agora, identificados os erros, nada se diz sobre soluções. Qual a mensagem que nos quer deixar o senhor? Não se fazem debates na “Casa de Loucos”? Insulta-se em todas direcções? Tudo são ajustes de contas com quem ousa afrontar a insanidade?  

domingo, 24 de julho de 2016

D. SEBASTIÃO E A MADEIRA



Reza a lenda que, desde 1580, os Portugueses aguardam pela manhã de nevoeiro em que terão o regresso d’El Rei D. Sebastião – O Desejado. Em tempos de Aristocracia os súbditos, tiveram como herança do Desejado – O Desaparecido - e tempos muito tristes e sem futuro pela frente. Foi naquilo que deu o sonho do Desejado que não se preocupou com o futuro do Reino.
A nós madeirense, 436 anos depois, fica-nos a sensação de que, sem nevoeiro, há um D. Sebastião, só pretensamente aristocrata, a zelar por nós. Baseio-me nisto:


Os Renovadinhos aí estão. Para eles parece não haver passado.
domingo, 24 de julho de 2016
Até a força dos elementos se mostrou soprando com muita força, lá em cima.

E o caso não é para menos, pois aquela que foi uma grande manifestação da força da nossa Autonomia, está  a transformar-se numa festinha ''queque'', agora também aberta a gente de fora, com tiques e discurso colonialista.

Mas que fazer? É assim que eles gostam!

Na mensagem de hoje, o profeta André, revela-nos melhoria na recuperação da memória do senhor de quem colhe a sabedoria. Há, porém, ainda profundos e graves hiatos. A Festa da Autonomia terá ficado “queque” mas também não se ouve o chorrilho de insultos aos “cubanos colonialistas” que envergonhavam os cidadãos Portugueses, nascidos em qualquer parte do Mundo.
Os súbditos da Monarquia, destronada em 1910, quereriam o regresso d’el Rei. A Pátria era coisa importante nesse tempo. Hoje, os cidadãos não se reveem em eleitos que, aproveitando os ventos da história, lhes prometeram o céu, durante mais de 30 anos para depois os deixarem no Inferno.
Tal como com El-Rei, em 1578, quem lisonjeou e acompanhou o ganhador de eleições, desertou. Não vale, por isso, a pena queixar-se amargamente deles.  

quinta-feira, 21 de julho de 2016

 A AMNÉSIA ACABOU

                Bem me queria parecer que este blog era mentiroso. O texto do dia 21 mostra que há memória para lá de Agosto passado. É uma memória selectiva, mas efectiva. Leiam o texto e a conclusão.

Os Renovadinhos aí estão. Para eles parece não haver passado.
quinta-feira, 21 de julho de 2016

A ''assembleia de freguesia'' dita Legislativa, tem andado a discutir o sexo dos anjos. As conversas estéreis feitas ali à beira da Avenida do Mar, valem zero, para todos aqueles que trabalham, para os desfavorecidos desta vida, e para os que caíram no flagelo do desemprego e na pobreza.

No chamado debate, que a ''assembleia de freguesia'' acaba de levar a cabo, foi engraçado ouvi-los falar em sistema fiscal próprio. Até que teve piada vê-los á volta, das ideias lançadas por Jardim na proposta de revisão constitucional, enviada para a República em 2104. O tal texto que o inimigo da Madeira, o conhecido Passos Coelho de triste memória, tudo fez para  que não fosse discutido, para o que contou com o apoio dos seus comparsas do CDS e até de muitos socialistas.

Nesse documento, encontramos de forma muito clara, as razões para que a Madeira tenha um regime fiscal, adaptado à sua especificidade de Região Autónoma. É certo que a lei em vigor, fala nisso, mas o problema é que se utiliza a expressão ''nos termos da lei'' e como quem faz a Lei das Finanças Regionais é a República, que apenas precisa de maioria simples para a sua aprovação, está tudo dito.

E eles continuam a aplaudir o Passos Coelho, alguém que nunca respeitou os direitos do povo da Madeira e do Porto Santo.


          CONCLUSÃO: Aquele que, nos 40 anos de Autonomia, foi, muitas vezes, reconhecido como o espaço de afirmação da Vontade do Povo Madeirense – uma vez também apelidado de “casa de loucos”, expressão ratificada pelo PR de então que, desrespeitando os Madeirenses, não foi lá – é agora despromovido a “assembleia de freguesia”.
A mensagem, subliminar, do senhor que, hoje, André evangelista nos transmite é a incapacidade do senhor em reconhecer o fracasso da sua acção. Não foi Passos Coelho nem os “Cubanos” que nos trouxeram para esta desgraça. Há culpas de Lisboa, sem dúvida, há muito deveria ter acabado com “pornografia financeira” desta terra sem esperarem pelas contas do Dr. Alberto Vieira e pelas investidas da revisão constitucional que apenas visam encobrir responsabilidades.
Será premonição a referência a 2104? É tarde para ressuscitar mas…cada cabeça sua sentença.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

EM DOIS DIAS

domingo, 17 de julho de 2016

No tempo de uma certa figura conhecida pelo ''petit nom'' Banana, um rapaz que se fartou de enganar Jardim, muito dinheiro ganhou o diário Blandy, com a publicação de todo o tipo de propaganda que apenas alimentava o ego da personagem.

Foi também no período em que a figura deambulava por aí, que com o seu ''aval'', foi constituída uma sociedade com ramificações na folha inglesa, virada para a produção de conteúdos de televisão.

Houve um verdadeiro assalto aos Fundos com um lacaio do dito Banana, um novo rico de Câmara de Lobos, colocado em lugar estratégico, a arranjar maneira de fazer chegar quase três milhões para o projecto.

Agora sabem da melhor?

A empresa já foi vendida com um lucro de milhões.

É o que se chama um grande negócio...um negócio da China.

E assim anda esta gente a enganar o povo madeirense.



segunda-feira, 18 de julho de 2016
Há na nossa Assembleia Legislativa, uma espécie de funcionários dos irmãos Sousa de Gaula.

Não sabem o que dizem e são a prova provada de um grande engano, burla e oportunismo produzidos pela nossa democracia.

São verdadeiros pára-quedistas, incapazes de dignificar o primeiro orgão de governo da Região.

Comportam-se como membros de uma simples assembleia de freguesia.  Trazem à discussão, o caso do galo, do pintainho, do buraco no beco, da árvore que ameaça cair e outras barbaridades.

A que ponto isto chegou!

Esta gente, senta-se na Assembleia, ou melhor arranjou emprego, pago pelo povo, com a ajuda do CDS do ''rodriguinhos'' e com a conivência dos socialistas também responsáveis pela eleição da vergonha Coelho.

''Viva a democracia''


AGORA FALO EU

Em dois dias seguidos o anónimo “renovadinhos” brindou-nos com estas duas pérolas.

Felizmente, verifica-se que a amnésia está a regredir e já surgem referências a factos (reais ou inventados, não importa) anteriores a 29/08/2015. 

Devemos todos ter esperança na recuperação total da amnésia. Entre os factos narrados pelo André evangelista na homilia de ontem, envolvendo o tal petit nom, e a realidade do triste quotidiano da ALM trazidos à liça hoje, há muita coisa que o “renovadinhos” pode esclarecer. 

Continuem o tratamento até chegarem aos primórdios da ALM, com os “caloiros” do PPD na ALM, e comparem com o actual JPP. Até chegarmos a isso muitas outras coisas nos serão explicadas. A título de exemplo cito: o “petit nom” no tal processo em tribunal sobre a Marina; a sociedade por quotas detentora de um órgão de propaganda que insultou muita gente.  

quarta-feira, 13 de julho de 2016

A HOMILIA DE TREZE DE JULHO

Os Renovadinhos aí estão. Para eles parece não haver passado.

quarta-feira, 13 de julho de 2016
Esta até teve piada!
Então não é que saltou a tampa ao nosso homem, quando frente a um senhor padre, teve de ouvir algumas verdades. É que falar verdade e encarar a dura realidade, não dá com ele e com aqueles que o acompanham.

O que esta gente quer é viagens, passeios, convívios com as elites, umas ''pianadas'', muita música, amostras de cultura,  enquanto o povo lá vai vivendo só Deus sabe como.

O nosso ''mais que tudo'' andou perto da blasfémia. Deu-lhe um ataque de soberba e o mais suave que se lhe ouviu foi dizer foi que o salvador estava no céu. Não deixa de ser verdade.

Mas não foi ele quem prometeu o céu na terra?

Não foi ele que disse que ia salvar a Madeira e nós todos?

Que se saiba as promessa foram dele e não de Deus.



            Este texto – incluindo a frase publicitária - foi retirado do blog renovadinhos. Para estes anónimos, e, amnésicos pescadores de águas turvas, vindo directamente de Marte em Agosto de 2015, a Administração Pública da Madeira começou no momento em que eles (o senhor dono da palavra e o seu André evangelista) aterraram nas redes sociais.
       Avive-se-lhes a memória. O incidente que procuram deturpar resulta do facto do homem a quem saltou a tampa trazer às costas a herança de quem destruiu a pecuária nesta terra. Tentem lá descobrir quem criou esta realidade. Depois digam se ele merece críticas ou não.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

ESTRANHO ANDA O MUNDO
                
         Os Homens Públicos neste imenso Mundo parecem ter perdido o tino. A “doença” arrasta-se desde 1945, agravou-se em 1989, (deixou de existir a dicotomia capitalismo – comunismo) e passou a ser preocupante em 2008, com a crise financeira.
                Mr Trump (Apetece aportuguesar-lhe o nome!), nos USA, é aquilo se vê e lê. No UK, onde Trump disseminou o vírus, os partidos arranjaram uma trapalhada tal com os cidadãos. Sabemos como tudo começou, mas ninguém se atreve a dizer como acabará. Os nacionalismos andam exacerbados por esta Velha Europa, apesar da memória colectiva, ter bem vivas as consequências das indecisões políticas. O Brexit já deu vexames a Portugueses no UK, o Euro 2016 deu lugar ao avivar das fragilidades dos nossos emigrantes na “amiga França”.
                A América Latina está à vista de todos com os seus belos exemplos dos dirigentes Brasileiros e Venezuelanos. Nos dois casos falam do Povo, mas apenas tratam dos seus interesses. O Bem Comum é só para convencer os eleitores na ida às urnas. O resto do Mundo enferma da mesma doença.
                As pequenas ilhotas da “Costa D’África”, obviamente, não estão imunes à pandemia. Porém, entre nós, as coisas fiam mais fino. Os Le Pen, e, restante extrema-direita Europeia, aparecem, falam, dizem coisas. Conhecem-se as Pessoas que dão corpo àquelas ideias. É intrigante a situação madeirense. Um “Pensador Anónimo” –um semi-deus – recorrendo ao evangelista André, surgiu em Agosto de 2015, denunciando tudo aquilo que lhe parece errado. Dia 11 descobriu um agente da extrema-direita. Estou preocupado pois creio que estamos perante aquela história em que a mãe dizia: “minha filha chama-lhe antes que ela te chame”. De gente escondida, que não debate ideias, apenas insulta as pessoas, temos o dever de fugir.     
                                
segunda-feira, 11 de julho de 2016
Descobriu-se a careca do agitador  da extrema-direita a quem o diário dos Blandys dá guarida  há muito tempo.

O tonto andou a agitar a bandeira laranja quando lhe deu jeito . ''Chulou'' o Marítimo durante muito tempo.

Em tempos foi à Quinta Vigia pedir perdão.

Alimenta-se do pó que respira. É um palerma sem norte, que se acha com piada.

Foi cúmplice do execrável Coelho que não respeita a democracia.

Escrevinha semana após semana, calúnias e malidicências. Fala mal dos outros, denigre, difama, como se fosse exemplo para alguém. É asco, um palerma, que nem a família respeita.

Vive numa crise existencial.

Não sabe o que são valores e princípios.

É um verme que circula por aí, em cumplicidade com uns ''totós'' que não respeitam nada nem ninguém.

Chama-se Fontes.

Imberbe, andou a defender a Flama porque estava na moda.

Desgraçado é o que é!

terça-feira, 5 de julho de 2016

A IGREJA E A PECUÁRIA
            
              
                 Dia 29 de Junho referi-me à tensa situação político-social que se viveu na Madeira, mercê da Revolta do Leite em 1936. Interesses privados, de alguns poderosos locais, ardilosamente trabalhados na cabeça dos criadores de gado, de modo a que prevalecesse a vontade dos “senhores”, levaram ao confronto com a vontade do Estado de reorganizar o sector. Humildes, pobres, e, abandonados por quem os enganara, suportaram largos meses de terror. O Sr. Pe. César Miguel Teixeira da Fonte distinguiu-se no apoio às gentes de Santana e Faial. Pagou pela coragem que teve na defesa da Pessoa Humana, vítima da prepotência e por acreditar que: “Ganharás o Pão com o suor do teu rosto”.
            Há 40 anos, nascia a Autonomia, outro período conturbado da vida colectiva. O Pároco da Santa do Porto do Moniz - Sr. Pe. António Lobo – apelando muito mais à Fé Cristã que à Pessoa Humana, impôs bom senso a uma tentativa de distúrbio, envolvendo intolerância e anticlericalismo, desmobilizando rapidamente os fiéis no fim da missa.
            Domingo o Pároco da Santa, – Sr Pe. Ricardo Freitas - assumindo uma posição que tem muito a ver com os seus dois antecessores desagradou aos detentores do poder político ao defender as Pessoas de leis que ele considera injustas, sem as acirrar, umas contra as outras.
            O Governo em funções, ao contrário daquilo que uns cobardes anónimos pretendem, herdou 40 anos de irresponsabilidade e destruição da pecuária. Gerir esta situação na comunicação social, como se fez até hoje, é totalmente ineficaz. As populações, como no tempo de Teixeira da Fonte, acreditam em: “Ganharás o Pão com o suor do teu rosto”. Foi isso que Ricardo Freitas transmitiu a este poder político, herdeiro de outro, que derramando dinheiro e fazendo propaganda escondeu a desgraça que vinha a caminho. O Sr Pe. está enganado quando se insurge contra os regulamentos europeus. Eles mandaram dinheiro para que os nossos produtores tivessem as mesmas condições dos seus congéneres europeus. Não lhes cabe, por isso, a culpa do enviesamento que por cá se fez na utilização do dinheiro.
            Tempos difíceis estão a caminho, se não se encarar de frente a realidade. Promessas de gado “limousine” e outras coisas no género não nos levam a nada. Assumam-se os erros e, falando verdade, tente-se arrepiar caminho. Prosseguindo-se neste trilho, dentro em breve, o Sr. Pe Ricardo Freitas não terá fiéis na Missa da Feira do Gado. Terá de ir às ilhas do Canal para encontrar os ex-paroquianos e, à Diocese bastar-lhe-á celebrar a Missa do meio-dia no Colégio, destinada aos homens do poder político-financeiro.